Lembro-me que estava sol como hoje. O ano foi o sempre marcante 2000. Um número redondo, tal como tu a primeira vez que te vi por inteiro. Por inteiro porque antes disso teimavas em não te mostrar, em não querer sair do quente ventre da tua mãe. E olha que ela sofria para te mostrares. Aquele sofrer que doía mas aquele sofrer por prazer. Prazer de te lançar ao mundo, de te ouvir chorar e finalmente poderes sentir o calor da pele da tua progenitora. Sim, saíste e foste directo para o calor do peito de quem te carregou todo aquele tempo. Um dia que jamais esquecerei.Um dos dois dias que jamais esquecerei, e ainda bem que por boas razões, lindas razões. Temos sempre um dia que nos marca e nos acompanha pela vida fora. Sou feliz por ter dois. Naqueles 10m2 de sala vivia-se uma tempestade de emoções. O teu pai tinha sido “convidado” a dar-te as boas vindas, logo ele que treme só de pensar que vai tirar sangue quanto mais ver aquele “espectáculo”! Pois acreditas que nem olhei para trás? é a oportunidade de uma vida ver chegar uma vida! Não hesitei e lá me prostrei ao lado da tua mãe,dando-lhe a mão pois é só isso que o um pai pode dar nesses momentos, sem querer importunar o trabalho daquela mulher que ia ajudar-te a vires ao mundo. Tinha tanto de simpatia como de peso. Era negra e devia pesar mais de 100 kg’s. Ao mesmo tempo que incentivava a tua mãe incentivava-me a espreitar o trabalho de parto.Nem queria acreditar quando reparei que aos poucos lá ias dando um ar de tua graça, já te via o couro cabeludo mas como se calhar sentias algum frio, mantinhas tudo o resto bem escondido. Teimoso, tal como ainda és hoje. A tua mãe tentava pôr em prática tudo aquilo que aprendeu naquelas aulas pré-natais, acho que “tentava” é mesmo o termo porque quando chega a hora quais lições qual carapuça! A verdadeira ajuda estava na experiência das centenas de partos que aquela senhora gorda já tinha feito certamente, e no desejo que tinhamos de te ver e cheirar. “É agora!”, ouviu-se na salinha. Em 2 segundos foste expelido e estavas nas mãos daquele anjo negro que te segurou e de imediato te aconchegou em cima da tua mãe que vertia tanto de lágrimas como de suor. E eu vi tudo e guardo todo esse filme pedindo a Deus que me ajude a nunca o esquecer. Estava sol nesse dia 24 de janeiro. Olhei para o relógio, eram 10.25h quando te cheirei. És o meu Homem, João!
Numa palavra: Lindo!
By: Lina B M on 25/01/2008
at 14:06
Parabéns.
By: Vitor Resende on 30/01/2008
at 14:11
ABENÇOADA MULHER QUE ALÉM DE TER 2 JOTAS UM FEMININO E UM MASCULINO AINDA TÊM UM P DE PAI, DE PARCEIRO,DE POETA E PORQUE NÃO DE PROFETA, OU NÃO FOSSE PAULO UM APÓSTOLO…..
FELICIDADES……
By: MARGARIDA REIS on 11/02/2008
at 16:20
Mãe…
No meu peito queres tocar,
peito, este que não soube dar,
para uma criança acabada de brotar;
pelo seu leite a fez chorar!
O meu corpo desejas tocar,
Tempo que o fez degradar.
Dentro dele fez gerar,
Uma criança que só ela sabe amar!
By: gisela on 13/02/2008
at 12:38
É de um verdadeiro PAI…
By: icr on 15/02/2008
at 20:55
parabens!!!! já passei pelo mesmo, e a presença do pai é do melhor que há para aliviar um turbilhão de emoções. Afinal se aquela pequena vida começou com a presença dos dois, porque não os dois para dar as boas vindas ao tesouro que esta prestes a ver a luz do mundo.
By: joana moreira on 23/02/2008
at 11:23
Ola Paulo
Ando aqui a dar uma voltinha e quem encontrei….
Além de grande comunicador na Rádio é também na escrita!
Até chorei!
Pois é o meu pirralho também nasceu nesse ano mas dia 6 de Novembro!
Até amanhã (sim porque eu oiço todos os dias a Rádio :O))
By: Ana on 18/05/2008
at 17:14
Olá Paulo!
Já lá vão uns meses que li este seu texto, e nessa altura já o meu “anjo” andava na minha barriga, na altura ao lêr chorei de emoção, pelo que escreveu e por imaginar como seria quando chegasse a “minha hora”!
Pois hoje, voltei a lêr, voltei a chorar, e relembrei como foi “a minha hora”, um pouco complicada, diga-se, mas a emoção foi maravilhosa, tal como a que sentiu naquele dia de 2000 e para meu espanto a rádio que tocava baixinho na sala de partos era a RFM!
By: Ana Carvalho on 07/10/2008
at 15:25
Há segundos, minutos, dias, que se tornam inesquecíveis, só nossos pelo Amor que o nosso olhar derramou naquele ser tão frágil, por isso, tornam-se únicos como a Rosa do Principezinho…
“Foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.”
Antoine de Saint-Exupéry
http://aoromperdabelaaurora.wordpress.com/
By: ju on 26/01/2009
at 12:00
Amigo paulo uma palavra: A D O R E I !!! PAI É PAI E FICA TODO DITO!!! TESOUROS DESTES NÃO TEMOS TODOS OS DIAS,MAS GRAÇAS A DEUS QUE PODEMOS PRIVAR COM ELES S E M P R E !!! PAULO AQUELE ABRAÇO SEMPRE !!!
By: orlando folgosa on 24/04/2009
at 9:05